Na sociedade em que vivemos a linguagem perpassa cada uma de nossas
atividades individuais e coletivas, verbais e não verbais. As línguas se
cruzam, se complementam e se modificam incessantemente, acompanhando o
movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização
social. No presente artigo aborda-se a língua e a linguagem
verificando-se no ato da fala estas qualificam-se no processo
comunicativos do ser falante. A obra fora confeccionada na visão do
estudioso Saussure, onde o mesmo será publicado via on line,para que
possa contribuir com os acadêmicos,professores e outros interessados no
campo da ciência em prol social.
1. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
A língua é, portanto como afirma Saussure é um "sistema de signos",
ou seja, um conjunto de unidades que estão organizadas, formando um
todo. O signo como associação entre significantes (imagem acústica) e
significado (conceito).
A linguagem verbal é por sua natureza comunicativa, faz com as
pessoas se entendam e possam construir referenciais comuns entre si.
Conjunto dos sons emitidos quando se fala tem uma ordem, uma gramática
da língua.A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como
sinal de comunicação.
O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em
conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos. Cada um de nós já
encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. E,
mesmo quando a pessoa deixa de existir, a língua, subsistirá
independentemente de nós. A língua pertence a todos os membros de uma
comunidade; por isso faz parte do patrimônio social e cultural de cada
coletividade.
Linguagem é um conjunto de sinais de que o homem se serve para
comunicar-se. A comunicação humana é realizada de várias maneiras, por
meios de apelos visuais, auditivos, linguagem corporal e principalmente
pela linguagem verbal.
A linguagem não é só um sistema um instrumento utilizado para a
comunicação ou veiculação de informações, mas principalmente, uma forma
de mostrarmos socialmente aquilo que pensamos que somos o que entendemos
do mundo, o que gostaríamos que os outros enxergassem em nós. Para
Suassure (1969:26-28) "Se na dicotomia sincronia versus diacrônica se estabelecem duas
maneiras de estudar a língua, na dicotomia língua versus fala há a
definição do conceito de língua. Porque a língua é coletiva e a fala e a
é particular, portanto, a língua é um dado social e a fala é um dado
individual. Além disso, a língua é sistemática e a fala é
assistemática".
Baseado em um dos estudos de Saussure sobre linguagem, destaca-se a
relação intrínseca língua e fala. Na definição do lingüista genebrino,
língua "é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba
todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade". Passado
desse principio, a língua se caracteriza como ato exterior ao individuo
que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo com os lingüistas, a
língua evolui de geração em geração.
A língua é uma construção de determinada sociedade e, portanto, um
conjunto de escolhas que representam os valores, os modos de se ver,
sentir e ser dos grupos sociais. O conjunto de regras de uma língua é
estudada pela gramática.
A língua é exterior aos indivíduos, e por isso, este não podem
criá-las ou modificá-las individualmente. Ela só existe em decorrência
de espécie de contato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao
quais todos aderiram. A língua portuguesa, por exemplo, pertence a todos
que dela se utilizam. Embora popularmente a maioria das pessoas utilize
as palavras linguagem, língua e fala para designar a mesma realidade,
do ponto de vista lingüístico, esses termos não devem ser confundidos.
É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem
caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos
revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que o da comunicação
humana. Isso, provavelmente, explique a razão por que a maioria das
pessoas emprega essas três palavras para designar uma mesma realidade.
Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite
realizar atos de comunicação. Ao nosso redor pode-se observar vários
tipos de linguagens, tais como, a linguagem dos surdos-mudos, dos sinais
de trânsito,a linguagem que usamos,etc.
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita,
falada), existe linguagens não-verbais que são aquelas que utilizamos
para atos de comunicação outros sinais que não palavras, como a música, a
dança, etc. Mais recentemente com o aparecimento da informática, surgiu
também a linguagem digital, que permite armazenar e transmitir
informações em meios eletrônicos.
1.2 As variedades lingüísticas
Cada um de nós começa aprender a língua em casa, em contato com a
família e com as pessoas que nos cercam. Aos poucos vamos treinando
nosso aparelho fonador (os lábios, a língua, os dentes, os maxilares, as
cordas vocais) para produzir sons que transformam em palavras, frases e
textos inteiros, e vamos nos apropriando ao vocabulário das leis
combinatórias da língua,ate nos tornarmos bons usuários dessas ,seja pra
falar e ouvir ,seja para escrever ou ler .
Em contato com outras pessoas na rua, na escola, no trabalho,
observamos que nem todas falam como nos isso ocorre por diferentes
razões: porque a pessoa vem de outra região, por ser mais velha ou mais
jovem; possuir menor ou maior grau de escolaridade; por pertencer ao um
grau de escolaridade; por pertencer ou classe social diferente. Essas
diferenças no uso da língua constituintes as variedades lingüística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto a língua é um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema
de natureza gramatical. Pertence a um grupo de indivíduos, formado por
um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras e
combinações desta. É uma instituição social de caráter abstrato,
exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente concretiza através
da fala e que é também um ato individual de vontade e inteligência.
No entanto, se compreendermos a língua como fruto de um processo de
construção histórica e social, concluiremos que ela está em constante
transformação;sem cristaliza-se em formas eternas, ela muda.Porque o ser
humano é assim, mutante e criativo. As necessidades humanas se alteram,
e com elas a língua que as representa e cria referenciais históricos.
REFERÊNCIAS
CEREJA, William. Português 1 Linguagens. 6. ed., São Paulo: Atual, 2008
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix/ Edusp, 1969
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